Existem várias hormonas que desempenham um papel importante na manutenção de um peso corporal saudável. A leptina é uma das hormonas que apresenta uma ação mais significativa na regulação da gordura corporal. Esta hormona é segregada pelo tecido adiposo, em proporção com o tamanho e número de adipócitos (células que armazenam gordura).
O exercício físico tem também um papel fundamental para a regulação do peso corporal a longo prazo, na medida em que aumenta a quantidade de energia gasta em repouso (taxa metabólica de repouso). É portanto, fundamental promover uma prática de exercício regular, para uma boa gestão de peso.
Atualmente, sabe-se que a leptina tem capacidade para influenciar a motivação para praticar exercício físico. Quanto mais leptina for libertada, menor é a sensação de fome e menor a vontade de praticar exercício físico. Isto acontece porque a leptina inibe a libertação de dopamina – um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Simplificando, quanto maior a quantidade de massa gorda, maior é a concentração de leptina em circulação e consequentemente menor é a vontade de comer e praticar exercício físico (resultado da inibição da dopamina).
Este mecanismo metabólico, está relacionado com princípios pré-históricos, associados às reservas de energia e à necessidade de procura de alimento! Assim, se as reservas corporais fossem suficientes (mais gordura corporal), não existia necessidade de fornecer energia ao organismo, e consequentemente não seria necessário procurar comida para sobreviver (sedentarismo). Por outro lado, quando as reservas corporais eram menores (menos massa gorda), maior era a necessidade de “correr para comer”.
Assim, sabe-se hoje, que a “vontade e o gosto” por praticar exercício físico é também uma questão metabólica e os baixos níveis de leptina (menos adipócitos) aumentam o prazer em fazer exercício físico!
Por: Marta Carrilho